Unidades de Projecto
A Câmara tem muitas Direcções. Que tutelam Departamentos. Que comandam Divisões.
São imensas. Servem para tudo. Depois há ainda os gabinetes "ad hoc": Da criança, dos sem abrigo, da toxicodependência, da Quinta Pedagógica, etc. etc.
E há esses mistérios chamados Unidade de Projecto. Do Alto do Lumiar, de Alfama, de Chelas, do Castelo, do Bairro Alto e Bica, da Baixa Chiado, da Mouraria, da Madragoa e São Paulo, do Parque Mayer, do Parque das Nações, de São Bento (uff!, acabaram).
O que fazem? Quantas pessoas têm? Por quem são dirigidas? Quanto gastam?
A da Baixa Chiado é, então, um verdadeiro mimo. Para aquela zona existe/é competente o Fundo Remanescente Reconstrução do Chiado (que tem pessoas da Câmara), a SRU Baixa Pombalina (que tem no seu curricula em dois anos ter tido 6 administradores e outras coisas mais que mais tarde se falarão) e a Câmara propriamente dita. 4 instituições em espaço tao curto.
Não serão Unidades a mais e Projectos a menos?
3 comentários:
As unidades de projecto só são um mistério para quem é ignorante.
As unidades de projecto foram criadas (algumas há mais de 15 anos) para acompanhar projectos de urbanização (ou de reabilitação urbana) específicos. Assim, fazem projectos de edifícios, preparam cadernos de encargos para empreitadas, fiscalizam obras, recebem obras e - ainda mais importante - são um interlocutor mais directo para as populações residentes.
Agora, se estamos a falar em SRU's e empresas municipais, então a coisa é diferente.
Esses são serviços externos à Câmara, consequentemente muito mais caros (ninguém ganha pior do que nós funcionários públicos), que se limitam a duplicar as competências dos serviços e que servem de alojamento rotativo às clientelas do PS, PSD e independentes (boa piada!).
Não confundir estas coisas!
Penso que aqui há uma confusão grande sobre o que está escrito. Sem querer dar lições, acho que as Unidades de Projecto podem e são certamente comptenetes (desde que munidas da autonomia, meios físicos e humanos para desenvolver o seu trabalho), porque conheço algumas, nomeadamente a do Bairro Alto que trabalha que se farta. Agora percebo esta observação. Não parece muito normal haver uma SRU para uma zona (baixa), que provavelmente anda empoleirada no trabalho da Unidade de Projecto da mesma área e haja ainda o Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado, que ao que consta está também parado. A duplicação de competeências desdobradas em Empresas municipais faz-me muita confusão. Também não concordo que se diga que os funcionários das Empresas Municipais são todos eles clientelas políticas. Há muitos assim, é certo, mas também há muita gente que quer trabalhar e que trabalha muito, embora os resultados se forem bons são assumidos por chefias temporárias, essas sim "clientelas". Finalmente também quero dizer que já conheci gente de partidos, dos "dois grandes" que muito trabalha, que entrou por acaso, ou por cunha, mas que se revelaram agradáveis surpresas. Não podemos generalizar.
Concordo parcialmente com o que está escrito. Sou funcionário de uma UP, arquitecto, mas tenho a dizer que há mais de 2 anos que estamos parados. Podiamos, se calhar, ser melhor aproveitados noutro serviço. Não temos alguns bens essencias ao nosso trabalho por falta de verbas. E pergunto-me se não existissem a UP do Parque Mayer, a UP do Parque das Nações,ou mesmo do Chiado estariamos nesta situação, para não falar das empresas. Parabéns pela inicitiva, força que estávamos a precisar disto.
Enviar um comentário